No dia 11 de novembro, entrará em vigor a Reforma Trabalhista, um dos maiores ataques aos direitos da classe trabalhadora na história do Brasil. Um dia antes, NA SEXTA-FEIRA, 10/11, a CUT e as demais centrais sindicais organizam o “DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO“, que pretende denunciar os retrocessos promovidos pelo governo. Veja no vídeo a seguir a mensagem de Vagner Freitas, presidente da CUT, convidando a população a participar da mobilização.
Na sexta-feira ocorrerão manifestações em todos os estados, mostrando à população as mazelas que o governo já trouxe à vida do trabalhador e o que ainda pode ser aprovado, como a Reforma da Previdência, que dificultará o acesso à aposentadoria.
Confira a programação completa por estado:
Amazonas
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Bahia Salvador 11h – Caminhada do Campo Grande até a Praçã Municipal 13h – Manifestação na porta da Previdência Social no Comércio |
Brasília 09h – Ato Fora Temer e suas medidas – Espaço do Servidor – Esplanada dos Ministérios |
Ceará Fortaleza Marcha da Esperança/ 9h – Praça Clóvis Beviláqua (Praça da Bandeira – Centro) |
Minas Gerais Belo Horizonte 09h – Ato na Praça da Estação |
Mato Grosso do Sul Campo Grande 16h – Ato na Praça Ari Coelho com enterro da CLT na superintendência do trabalho |
Mato Grosso Cuiabá 15h – Praça Alencastro |
Pará Belém 08h30 – Concentração no TRT na Praça Brasil – Caminhada até o Ver-O-Peso |
Paraíba João Pessoa 14h – Lyceu Paraibano |
Piauí Teresina 08h – Ato Unificado – Praça Rio Branco – Com Caminhada pelas Ruas do Centro |
Rio Grande do Norte Natal 14h – Ato com concentração na Praça Gentil Ferreira no Bairro Alecrim. Depois será feita uma caminhada pelas ruas principais até a Cidade Alta |
Rio Grande do Sul Porto Alegre 10h as 14h – Plenária de Mobilização – Auditório da Igreja da Pompeia (R. Barros Cassal, 220, Floresta POA) 16h – Abraço à Justiça do Trabalho – Av. Praia de Belas 18h – Ato das Centrais – Esquina Democrática |
Rio de Janeiro Rio de Janeiro 16h – Concentração na Candelária – Caminha pra a Cinelândia |
São Paulo São Paulo 09h30 – Ato em São Paulo – Concentração na Praça da Sé 10h30 – Caminhada até a Avenida Paulista 14h30 – Ato de professores e servidores no Palácio dos Bandeirantes contra o PL da Morte Campinas 17h00 – Ato no Largo do Rosário, no Centro. |
Tocantins Palmas 09h – Em frente a CEF – Quadra 105 Sul – Rua SE 01 |
PRESIDENTE DO TST NÃO PRECISA SE
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Um dia após o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Filho, defender o fim da CLT, o colunista Bernardo Mello Franco, da Folha de São Paulo, expõe a realidade paralela em que vive o magistrado. “No sistema brasileiro, Gandra pertence a uma casta superior: a elite do funcionalismo. Além do salário de R$ 30 mil, ele recebe R$ 6,5 mil em auxílios e gratificações. Em dezembro passado, seu contracheque chegou a R$ 85,7 mil, incluindo 13º, férias e um extra de R$ 3.300 por “instrutoria interna”. Definitivamente, o ministro não precisa se preocupar com as consequências da reforma que apoia.
Em entrevista à Folha de SP, Gandra disse o que governo e empresários se recusam a admitir: a mudança na lei vai resultar na redução de direitos sociais. “Nunca vou conseguir combater desemprego só aumentando direito”, disse o ministro. “Vou ter que admitir que, para garantia de emprego, tenho que reduzir um pouquinho, flexibilizar um pouquinho os direitos sociais”, acrescentou.
Nos últimos meses, o cidadão que tentou se informar sobre a reforma ouviu de Michel Temer que o governo não seria “idiota” de restringir direitos. “Não haverá nenhum direito a menos para o trabalhador”, prometeu. A declaração de Gandra sugere que o idiota da história foi quem acreditou na palavra do presidente.
Na entrevista à repórter Laís Alegretti, o chefe do TST também defendeu as novas regras para indenizações por danos morais. Agora os valores serão calculados de acordo com o salário do ofendido. “Não é possível dar a uma pessoa que recebia um mínimo o mesmo tratamento […] que dou para quem recebe salário de R$ 50 mil. É como se o fulano tivesse ganhado na loteria”, comparou.
As declarações chocaram o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury. “Confesso que estou assustado”, disse, após ler a entrevista. “O ministro expôs uma mentalidade de que o pobre deve continuar pobre. Ele defende um sistema de castas, onde o sofrimento da pessoa é medido pelo que ela ganha.”
Fonte: Brasil 247